Uma investigação conduzida pelo jornalista Diego Feijó de Abreu (@diegodeabreu) expôs o envolvimento do Governo do Paraná, a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (FAPEC) e o uso indevido de dados de pais e professores da rede pública de ensino.
A apuração teve início após a denúncia de envio de mensagens em massa, através de canais oficiais do governo, com o objetivo de desacreditar a greve dos professores. O conteúdo, considerado ilegal e imoral, foi produzido por Luciano Renan, que utilizou um e-mail institucional do governo, apesar de não ser servidor público.
A investigação revelou que Renan é funcionário da FAPEC, fundação privada do Mato Grosso do Sul que mantém contratos milionários com o governo paranaense. A entidade já recebeu quase R$ 100 milhões em convênios e contratos, incluindo um programa educacional com indícios de superfaturamento.
Além disso, a FAPEC teve acesso a dados sensíveis de pais e professores, levantando sérias preocupações sobre a privacidade e a segurança dessas informações.
O governo do Paraná também é acusado de promover a figura do “Professor Empresário”, o que pode indicar uma tendência à privatização da educação no estado.
Essa não é a primeira vez que o governo utiliza canais oficiais para fins políticos. Em 2022, mensagens SMS ilegais foram enviadas durante as eleições.
As evidências apontam para um padrão de desrespeito aos professores, uso indevido de recursos públicos e falta de transparência na gestão da educação. A investigação de Diego Feijó de Abreu contribui para o debate sobre a importância do jornalismo independente na fiscalização do poder público e na defesa da educação pública.